Uma manifestação foi realizada na manhã deste sábado (15), na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, para cobrar justiça após a morte de Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos. A jovem foi encontrada morta e enterrada em uma casa no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha. O ato foi organizado por movimentos feministas e contou com a presença de amigos da vítima, além de outros manifestantes, que usaram cartazes e faixas para pedir respostas das autoridades.
Segundo informações de O Tempo, a mobilização começou às 10h e decorreu de forma pacífica, conforme informações da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Uma das faixas expostas no local trazia a frase: “Justiça por Clara! Contra o feminicídio e o capitalismo”.
Detalhes sobre o caso
O corpo de Clara Maria foi encontrado na última quarta-feira (12) na varanda de uma residência no bairro Ouro Preto, coberto por terra e concreto. A jovem estava desaparecida desde o último domingo (9). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o concreto utilizado pelos suspeitos ainda estava fresco no momento em que equipes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) chegaram ao local. Dois homens suspeitos pelo crime foram presos e confessaram a participação.
Conforme a investigação da PCMG, Clara foi assassinada após cobrar uma dívida de R$ 400 de Thiago Schafer Sampaio, de 21 anos, um ex-colega de trabalho. A polícia também apura outros possíveis fatores motivacionais, incluindo ciúmes e comportamentos relacionados ao nazismo por parte do segundo suspeito, Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos. Testemunhas indicaram que Clara teria repreendido Lucas por usar expressões nazistas durante uma conversa.
Outras informações da investigação
Os laudos periciais ainda estão sendo realizados para confirmar se houve necrofilia em relação ao corpo da vítima. Um dos suspeitos declarou que não teria tocado no corpo nem tirado fotos, mas a PCMG continua investigando essa possibilidade.
Ambos os suspeitos tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva durante audiência de custódia realizada na última sexta-feira (14). A decisão foi tomada pela juíza Alessandra de Souza Nascimento Gregório, que destacou a gravidade dos crimes e a necessidade de preservar a ordem pública.