O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda nesta sexta-feira, 7 de março, em Minas Gerais, visitando o emblemático acampamento Quilombo Campo Grande, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), localizado em Campo do Meio, na região Sul do estado. Este é um marco para a relação entre o governo e o MST em um cenário tenso de reivindicações sobre reforma agrária e preços elevados de alimentos.
Encontro Estratégico com o MST
A visita, marcada para as 11h, busca reforçar laços com o movimento social e abordar demandas cruciais, como o assentamento de famílias sem-terra, demarcação de territórios indígenas e quilombolas e melhorias nas condições de vida. A escolha do acampamento Quilombo Campo Grande traz simbolismo: uma área de 52 hectares onde 459 famílias produzem 160 tipos de alimentos de forma sustentável, em uma terra antes marcada por conflitos e despejos durante gestões anteriores.
Contexto Histórico e Produção Local
A área é administrada pela massa falida da antiga Usina Ariadnópolis de Açúcar e Álcool, que encerrou as atividades em 1996. Desde a fundação do acampamento em 1998, foram registradas 11 tentativas de reintegração de posse, incluindo uma ordem que destruiu uma escola durante a pandemia. Esse histórico enfatiza a luta do MST pela permanência na terra e sua contribuição para a agricultura local, destacando o esforço coletivo das famílias assentadas.
Pauta Econômica e Reforma Agrária
Durante o evento, Lula deverá abordar medidas anunciadas recentemente para conter a alta nos preços de itens de consumo básico, como carne, açúcar e café. O momento também será uma oportunidade de avançar em pautas ligadas à reforma agrária, considerada estagnada pelo MST, que recentemente publicou uma carta aberta cobrando ações concretas do governo.
Visitas Anteriores a Minas Gerais
Esta é a primeira visita de Lula ao estado em 2025. No passado, o presidente já teve agendas relevantes em Minas envolvendo obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), inauguração de fábricas e lançamentos de projetos de infraestrutura. A relação estreita com o estado é vista como estratégica para o governo, tanto política quanto economicamente.
Esse encontro evidencia esforços para superar tensões, fortalecer alianças e investir em soluções que conectem o social e o econômico no âmbito rural.
