O presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou uma questão inusitada sobre a alta dos preços dos ovos no Brasil durante um evento realizado em Minas Gerais. Com um tom descontraído, Lula afirmou que “a galinha não está cobrando caro” e cobrou explicações para o aumento significativo desse alimento tão comum na mesa dos brasileiros. Segundo o presidente, o preço médio de uma caixa com 30 dúzias de ovos, que nos últimos anos demonstrava certa estabilidade, saltou de R$ 140 em janeiro para R$ 210 em fevereiro de 2025. Tal aumento gerou preocupações dentro do governo.
Possível interferência de atravessadores
Durante seu discurso, Lula também abordou a hipótese da existência de “atravessadores” — agentes que podem estar impactando os preços ao longo da cadeia de distribuição entre o produtor e o consumidor. Ele também destacou que o governo busca respostas e soluções pacíficas para o problema, sem, contudo, descartar medidas mais severas caso necessário. “O que queremos é comida barata na mesa do povo, mas sem prejuízo para o produtor, que também tem direito ao lucro”, pontuou o presidente.
Medidas emergenciais e a repercussão
Na última quinta-feira (6), o Governo Federal anunciou um pacote de medidas para conter a alta dos alimentos. Entre as iniciativas estão a redução de impostos sobre produtos essenciais, como carnes e farinhas. Apesar disso, as propostas enfrentaram resistência e críticas, especialmente pela bancada do agronegócio, que as consideraram pouco eficazes para solucionar o problema no longo prazo.
Reassentamento rural
Além da discussão sobre os preços dos alimentos, Lula esteve em Minas Gerais para oficializar a entrega de títulos de propriedade rural dentro do programa de Reforma Agrária. Durante a cerimônia, ele reforçou o compromisso do governo em combater as recentes variações nos preços de alimentos básicos.
Compromisso com o bem-estar do consumidor e produtor
Lula concluiu destacando que a prioridade de sua gestão é beneficiar os brasileiros com alimentos acessíveis, garantindo, ao mesmo tempo, que os produtores possam operar de forma lucrativa. Ele também reafirmou a meta de alcançar soluções que aproximem o campo e a mesa do consumidor, minimizando possíveis intervenções de agentes externos que aumentam os custos.