Lula critica ‘lei do mais forte’ nas relações internacionais
Durante a presidência brasileira rotativa do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao unilateralismo nas relações internacionais, deixando uma referência indireta às políticas adotadas por Donald Trump. Lula destacou que negociar com base na “lei do mais forte” é um caminho perigoso para a instabilidade global, ressaltando a necessidade de cooperação multilateral para solucionar desafios como saúde, mudanças climáticas e comércio justo.
BRICS e o Sul Global: Fortalecimento na Geopolítica
O Brics, expandido recentemente para 11 membros plenos, defende um sistema de comércio multilateral alinhado às necessidades do Sul Global. Lula enfatizou que a criação de mecanismos para transações comerciais em moedas locais pode reduzir vulnerabilidades econômicas. Ele reforçou o compromisso da Presidência brasileira em liderar estas discussões e buscar soluções que promovam uma ordem internacional representativa e justa.
Críticas à Saúde Global e Protecionismo
A crítica de Lula também incluiu a retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) sob a gestão de Trump, classificando tal postura como prejudicial à coesão global no enfrentamento de crises como pandemias. Além disso, ele chamou atenção para o impacto negativo de políticas protecionistas que aprofundam desigualdades globais.
“Sabotar a OMS ou adotar unilateralismo são erros com sérias consequências para toda a humanidade”, alertou o presidente brasileiro, destacando a necessidade de comprometimentos coletivos em saúde global.
Próximos Passos: Cúpula do Brics no Brasil
A cúpula do Brics está agendada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, onde líderes dos países membros discutirão pautas como financiamento, saúde e inteligência artificial. O Brasil aproveitará esta oportunidade para reforçar sua posição no cenário global como liderança do Sul Global.