A prévia da inflação de fevereiro mostra desaceleração nos preços dos alimentos, indicando uma alta menor em relação a janeiro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é um indicador antecedente da inflação oficial, registrou alta de 0,61% neste mês, menor índice desde setembro de 2024 (0,05%).
O IPCA-15 mede os preços de uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos. Diferentemente do IPCA, ele antecipa a coleta de preços antes do encerramento do mês de referência. A medição atual foi feita entre os dias 15 de janeiro e 12 de fevereiro.
Comportamento dos preços dos alimentos
Os preços dos alimentos, um dos componentes que mais preocupam o governo, mostraram desaceleração em fevereiro. Embora tenham impactado o índice geral em 0,14 ponto percentual (p.p.), a alimentação no domicílio subiu 0,63%, abaixo dos 1,10% registrados em janeiro. Já a alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% para 0,56%. A refeição (0,43%) e o lanche (0,77%) também apresentaram variações inferiores comparadas ao mês anterior.
Altas e quedas nos preços dos alimentos
Entre os itens que mais subiram estão:
- Cenoura: +17,62%
- Café moído: +11,63%
Já entre os itens que apresentaram queda no preço destacam-se:
- Batata-inglesa: -8,17%
- Arroz: -1,49%
- Frutas: -1,18%
No acumulado de 12 meses, a inflação geral medida pelo IPCA-15 está em 4,96%, enquanto o setor de alimentos e bebidas continua acima, com 7,12%, mas desacelerando em relação a janeiro, quando estava em 7,49%.
A preocupação com os preços dos alimentos persiste, influenciada por fatores climáticos que impactam diretamente a produção agrícola, como informado por especialistas neste período. A busca por soluções tem sido um dos focos do governo federal, dada a importância do setor para a inflação e o consumo da população.
