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Governo deve subsidiar pequenos a vender no Brasil produtos que iriam aos EUA, diz Márcio França

O Governo Federal estuda estratégias para apoiar micro e pequenos empreendedores alvo de novas taxas impostas pelos Estados Unidos. Segundo o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, a proposta inclui subsidiar produtos que seriam exportados para que sejam vendidos no mercado brasileiro. Durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, França destacou a intenção de amenizar o impacto dessas tarifas, previstas para vigorarem em 1º de agosto.

De acordo com informações da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), um dos principais focos do governo são produtos perecíveis, como peixes, que têm como mercado principal os Estados Unidos. França destacou o exemplo de exportações do Ceará: “Mais de 50% das exportações de peixes do estado vão para os EUA, incluindo atuns, lagostas e camarões.” O ministro propôs alternativas como inserção desses produtos na merenda escolar ou a venda a preços acessíveis.

Subsídios e experiências anteriores

Mencionando experiências passadas, França citou o apoio dado a pequenos negócios no Rio Grande do Sul após enchentes, onde o governo subsidiou cerca de R$ 100 mil por empreendimento. “Dessas 38 mil empresas que fecharam, 37 mil já reabriram”, afirmou o ministro. O apoio incluiu ajudar os empreendedores com R$ 100 mil, resultando em uma reabertura massiva de empresas fechadas pela catástrofe natural.

O governo federal planeja intervenções semelhantes para os 20 mil pequenos empreendedores que exportam para os EUA, que representam 0,8% de um total de US$ 40 bilhões exportados anualmente. França chamou as tarifas sugeridas de “boicote”, destacando que grandes empresas podem suportar tais medidas, enquanto pequenas não.

O governo já prepara respostas para quando as tarifas entrarem em vigor. Algumas ações poderão ser implementadas sem necessidade de nova legislação, enquanto outras dependem de aprovação do Congresso, que, segundo França, tem agido rapidamente em parceira.

Para Márcio França, esta situação oferece ao Brasil a oportunidade de mostrar resiliência. “Estamos preparados para situações graves, como demonstrado com a estrutura do SUS durante a COVID-19.” Ele também reconhece mudanças nos destinos das exportações brasileiras desde a gestão de Lula, que abriram mais de 200 mercados diferentes, diminuindo a dependência do mercado americano, que agora representa apenas 15% a 16% das exportações.

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