A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Minas-SRAG) para discutir as ações a serem implementadas devido ao aumento dos casos de doenças respiratórias no estado. O encontro ocorreu na quarta-feira (7/5).
Segundo o Governo de Minas Gerais, além dos servidores da SES-MG, o COE-Minas-SRAG conta com a participação de representantes da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed).
O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, afirmou que reuniões semanais serão realizadas para consolidar e avaliar dados epidemiológicos, assistência e regulação de leitos em cada Unidade Regional de Saúde. “Com o decreto de emergência e a implantação do COE, ampliamos o monitoramento dos dados, acompanhando a situação em todo o estado, para estabelecer as diretrizes do enfrentamento ao período sazonal das doenças respiratórias”, disse Prosdocimi.
Atuação do COE-Minas-SRAG
Entre as principais ações do COE-Minas-SRAG estão gerenciar a resposta a emergências em saúde pública relacionadas à SRAG, estabelecer objetivos estratégicos e prioridades, analisar dados epidemiológicos, elaborar boletins e notas técnicas, apoiar a organização da rede assistencial, estabelecer cenários de risco, coordenar planos de ação e levantar dados relevantes para a gestão da emergência.
Desde abril, Minas Gerais também conta com a Sala de Monitoramento de Vírus Respiratórios, um recurso técnico que acompanha a circulação de vírus no estado, possibilitando decisões rápidas e integradas em vigilância, assistência e vacinação.
Para reforçar a rede hospitalar, a SES-MG iniciou o repasse de incentivos financeiros a hospitais que abram ou adaptem leitos clínicos para atendimento pediátrico de SRAG. Em março, 12 leitos semi-intensivos para casos de bronquiolite em crianças foram abertos no Hospital Infantil João Paulo II, da Fhemig, em Belo Horizonte, com capacidade para adicionar 10 leitos de CTI pediátrico se necessário.
A Secretaria intensificou o monitoramento e apoio à rede assistencial, principalmente para o público infantil, analisando indicadores de notificações por SARG e articulando com Unidades Regionais de Saúde e municípios para fortalecer a vigilância epidemiológica. Medidas incluíram a reorganização da rede de atenção e o reforço nas campanhas de vacinação contra Influenza e Covid-19, com comunicados técnicos e mobilização dos públicos prioritários.