O governo de Minas Gerais decretou, nesta sexta-feira (2), situação de emergência em saúde pública em razão do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e outras doenças infecciosas virais. O decreto, assinado pelo governador Romeu Zema, é válido por 180 dias.
De acordo com informações do g1, a decisão foi motivada por uma alta nos casos de SRAG, impulsionada pelos vírus sincicial respiratório e influenza A, e pela pressão sobre o sistema de saúde, que afetou a capacidade da rede pública em várias regiões, incluindo Montes Claros, Governador Valadares, Januária, Diamantina, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte.
Ações emergenciais e impacto no sistema de saúde
Conforme o documento, o governo irá adotar medidas como dispensa de licitação para compra de bens e serviços essenciais, requisição de bens e serviços com indenização, se necessário, e tramitação urgente de processos relacionados à emergência.
A Prefeitura de Belo Horizonte já havia decretado situação semelhante na quarta-feira (30), devido ao aumento dos casos de SRAG na cidade. No mês de abril, a capital mineira registrou o atendimento de 63.217 pessoas com diagnóstico de SRAG, um aumento de 49% em relação a março.
Com a demanda crescente, a prefeitura abriu 30 novos leitos de enfermaria pediátrica, sendo 20 no Hospital Metropolitano Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia. A maioria das solicitações de internação foi para crianças até quatro anos de idade. No período entre 20 e 26 de abril, foram registradas 278 solicitações, aumento significativo em relação ao mesmo período do mês anterior.
O governo estadual também mobilizou o Centro de Operações de Emergências em Saúde por SRAG (COE-Minas-SRAG), coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), para gerenciar a crise. Com essas medidas, Minas Gerais busca enfrentar a crescente demanda por atendimentos e mitigar os impactos no sistema de saúde pública.