A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10), em suas redes sociais, a morte de sua filha recém-nascida, Sofia, ocorrida três dias após o parto. A artista compartilhou que sofreu de pré-eclâmpsia com a síndrome de Hellp, uma condição que resultou no parto prematuro da bebê.
A pré-eclâmpsia, conforme explica a ginecologista e obstetra Joeline Cerqueira, geralmente surge após a 20ª semana de gestação, provocando hipertensão arterial na mãe. A placenta, órgão responsável por nutrir o feto, apresenta dificuldades de adaptação dos vasos do útero, o que compromete o fluxo sanguíneo e, consequentemente, a nutrição do bebê.
A pressão elevada da gestante, igual ou superior a 140/90 mmHg (14 por 9), associada à presença de proteínas na urina, exige tratamento urgente para evitar riscos à vida da mãe e do bebê. Entre as complicações, destaca-se a eclâmpsia, caracterizada por convulsões, e a síndrome de Hellp, que inclui falência hepática e renal.
Também existe a possibilidade da pré-eclâmpsia ocorrer no pós-parto, em até 72 horas após o nascimento do bebê. Segundo a médica, ainda não há uma causa exata para pré-eclâmpsia, mas os fatores de risco incluem primeira gestação, idade antes dos 18 ou após os 40 anos, histórico familiar, gestações múltiplas, entre outros.
O acompanhamento pré-natal rigoroso é essencial para prevenir complicações. Na prevenção, medicações como cálcio e AAS infantil em doses de 100 mg são recomendadas entre 12 e 16 semanas de gestação. Após esse período, novas prevenções se tornam inviáveis, pois a placenta já se formou completamente.
Sintomas de pré-eclâmpsia incluem dores de cabeça intensas, inchaços no rosto e mãos, ganho de peso acelerado, alterações visuais, náuseas e vômitos após três meses de gravidez. Caso a complicação evolua para eclâmpsia, podem surgir convulsões, coma e outros sinais graves, como sangramento vaginal.
O controle da pressão arterial é o objetivo principal do tratamento. Médicos utilizam medicações hipotensoras orais ou injetáveis para estabilizar a saúde da gestante. Há também mudanças de estilo de vida, como repouso, alimentação com pouco sal e açúcar e aumento da hidratação.