Mais de 50 pessoas morreram nas últimas semanas em dois surtos de uma doença ainda não identificada no noroeste da República Democrática do Congo, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o boletim mais recente, foram registrados 431 casos e 53 mortes nas comunidades atingidas.
Surtos em vilarejos remotos
Os surtos ocorreram em vilarejos remotos e em zonas de saúde distintas da Província de Equateur. No vilarejo de Bomate, zona sanitária de Basankusu, um dos surtos foi notificado em 13 de fevereiro, com 419 casos e 45 mortes, sendo que quase metade das vítimas sucumbiu nas primeiras 48 horas após apresentar sintomas, entre eles febre, dores, vômitos e diarreia.
Outro foco foi registrado pouco antes, em 12 de janeiro, no vilarejo de Boloko, zona sanitária de Bolomba, resultando em 8 mortes entre 12 casos.
Investigações em andamento
Até o momento, as amostras analisadas testaram negativo para doenças conhecidas como Ebola e Marburg. No entanto, os especialistas estão investigando outras possibilidades, como malária, febre tifoide, meningite, intoxicação alimentar ou febres hemorrágicas virais ainda não identificadas.
No local, as equipes de saúde enfrentam dificuldades devido à infraestrutura sanitária limitada das regiões afetadas, prejudicando os esforços de identificação e combate à doença. Além disso, a OMS afirmou que até agora não há comprovação de vínculo entre os dois surtos.
Preocupação com surtos rápidos
Segundo Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, os surtos representam uma “grave ameaça de saúde pública” devido à rapidez com que os casos têm se multiplicado. A organização continua monitorando a situação e mobilizando esforços para determinar as causas e conter o avanço da doença.