O advogado Marcus Vinícius Figueiredo, que representa o general Mario Fernandes, afirmou à CNN que seu cliente não teve participação direta em um suposto plano golpista e que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) não revela ligações dele com atividades radicais. Segundo o advogado, Mario Fernandes não era uma pessoa próxima a figuras-chave ligadas a essa discussão e não teria entregado qualquer documento ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre as acusações, está a posse de uma minuta encontrada pela Polícia Federal, que previa crimes graves, como o assassinato de autoridades. Esse documento teria sido impresso no Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada, mas Figueiredo nega que seu cliente tenha apresentado ou discutido o documento com o ex-presidente, reforçando que ele “nunca defendeu golpe de Estado”.
O advogado também contestou declarações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que mencionou pressão de Fernandes para uma intervenção militar. Além disso, a defesa solicitou que o ministro Flávio Dino, do STF, se declare suspeito para julgar a denúncia, alegando que Dino já emitiu juízos de valor sobre os acontecimentos. Segundo a defesa, não permitir esse questionamento comprometeria princípios democráticos.
O caso segue em investigação com reflexos importantes para a política nacional e seus desdobramentos no Poder Judiciário.