O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmou nesta quinta-feira (27) que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro teve pleno acesso aos autos e provas do inquérito que investiga a chamada trama golpista. A declaração foi dada em resposta a pedidos feitos pela equipe de advogados do ex-presidente, que alegaram supostas restrições no acesso a documentos.
De acordo com Moraes, as transcrições, mídias e outros elementos probatórios relevantes foram disponibilizados integralmente desde novembro de 2024. O relator também acrescentou que os registros podem ser acessados via sistema do STF, afastando a hipótese de bloqueios ou omissões por parte do tribunal.
Movimentações da defesa e ações no STF
Os advogados de Bolsonaro, liderados por Celso Vilardi, intensificaram as tratativas nos últimos dias. Eles apresentaram petições e participaram de reuniões com membros do STF para discutir o caso, além de considerar a possibilidade de pedir a anulação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Além disso, Vilardi também defendeu que o julgamento do caso ocorra no plenário completo da Corte, que conta com 11 ministros, em vez da Primeira Turma, integrada por cinco magistrados. Segundo a defesa, isso garantiria um cenário mais abrangente e representativo para a análise do caso.
Denúncia e seus desdobramentos
A investigação inclui informações provenientes da delação premiada de Mauro Cid e envolve outras 33 pessoas além de Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncias com base em comunicações interceptadas e provas relacionadas ao planejamento de ações antidemocráticas. A expectativa é que os desdobramentos jurídicos do caso permaneçam no centro das atenções nas próximas semanas.
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