Uma moção aprovada por unanimidade durante a 49ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) recomendou à presidência da COP 30 a inclusão da gestão das águas entre os temas centrais da conferência climática da ONU, agendada para novembro de 2025, em Belém (PA). Este anúncio foi feito durante o 2º Fórum Brasil das Águas, realizado em João Pessoa (PB), que reuniu 1.300 participantes de várias regiões do país.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, o evento contou com a participação da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH), destacando o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) nas discussões. O objetivo do fórum, promovido pela Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas (Rebob), foi ressaltar a importância de colocar a água como tema central nas políticas públicas do país.
Durante a abertura, o governador da Paraíba, João Azevedo, destacou os avanços do estado na área de recursos hídricos, enfatizando a importância da união na busca contínua pela melhoria dos recursos hídricos brasileiros.
Discussões do CNRH
Na terça-feira (6), a 49ª Reunião Ordinária do CNRH reuniu comitês de bacias hidrográficas, órgãos gestores, sociedade civil e empresas do setor de saneamento. Alexandre Saia, diretor Interino de Revitalização de Bacias Hidrográficas e Planejamento em Segurança Hídrica, compartilhou que a reunião abordou questões estratégicas para a gestão hídrica, tratando dos desafios relacionados aos recursos hídricos no Brasil.
Diversos resultados foram alcançados na reunião, incluindo a aprovação de uma moção dirigida ao Congresso Nacional e à Casa Civil sobre a situação financeira da Agência Nacional de Águas (ANA) e seus impactos. Houve também a apresentação de um estudo sobre os efeitos de empreendimentos hidrelétricos na Bacia do Rio Paraguai.
Na perspectiva global, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MIDR) contribui para as discussões da COP 30 com medidas de mitigação e adaptação frente às mudanças climáticas, promovendo a segurança hídrica. Isso inclui a colaboração através do Comitê Permanente de Resiliência Climática, reforçando a pauta climática para a conferência que ocorrerá pela primeira vez na Amazônia.
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