Um dos mais novos polos de mineração no estado de Minas Gerais está recebendo investimentos significativos através do Programa Mais Energia, da Cemig. Recentemente, a empresa concluiu a instalação de uma subestação em Águas Vermelhas, que, junto à Subestação Berilo 2, entregue anteriormente, ampliará o fornecimento de energia para aproximadamente 100 mil residentes em nove cidades do Vale do Jequitinhonha. O projeto inclui também novas linhas de distribuição, totalizando um investimento de R$ 120 milhões.
De acordo com informações da Agência Minas, as subestações utilizam uma tecnologia moderna conhecida como Subestação Compacta Integrada (Seci), que permite operações rápidas e eficientes. As novas subestações são controladas remotamente pelo Centro de Operação da Distribuição (COD) da Cemig, agilizando o restabelecimento do fornecimento em caso de falhas, o que reduz o tempo de interrupção e o impacto sobre os consumidores.
A subestação Berilo 2 fornecerá um adicional de 15 MVA para os municípios de Virgem da Lapa, Francisco Badaró e Berilo, enquanto a SE Águas Vermelhas oferecerá o mesmo incremento para Pedra Azul, Divisa Alegre, Águas Vermelhas, Berizal, Ninheira e Curral de Dentro. Juntas, essas instalações melhoram a qualidade do fornecimento para cerca de 40 mil novos consumidores.
Expansão e desenvolvimento na região
Fernando Sebastião, gerente de Distribuição de Alta Tensão na Regional Leste da Cemig, ressaltou a importância das novas infraestruturas para o crescimento da região, que se beneficiará da chegada de mineradoras, expansão da rede hoteleira, alimentícia, e outros serviços, além da agricultura. “Tudo isso exige muita energia, e a Cemig se preparou para fornecê-la com qualidade,” afirmou Sebastião.
No que diz respeito às novas linhas de distribuição, a operação envolveu a construção de uma linha de 127 km entre Águas Vermelhas 1 e SE Itaobim, além da substituição de uma linha de madeira por uma metálica na unidade Berilo 2. Essas mudanças visam aumentar a confiabilidade do sistema elétrico, especialmente em regiões propensas a incêndios e fortes chuvas, exigindo menos manutenção e melhorando a qualidade do serviço. “As linhas metálicas aumentam a confiabilidade, porque são mais resistentes a incêndios em áreas de matas e às fortes chuvas”, finalizou Sebastião.