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Brics deve promover nova ordem mundial defende chanceler brasileiro

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, abriu a primeira reunião de 2025 das lideranças diplomáticas do Brics, em Brasília, destacando o papel do bloco na promoção de uma nova ordem mundial. Durante o evento, o chanceler defendeu uma ordem global mais justa, inclusiva e sustentável diante das crescentes crises e tensões geopolíticas.

“Um mundo multipolar não é apenas uma realidade emergente, mas um objetivo compartilhado”, afirmou Vieira, destacando o alinhamento do bloco às aspirações do Sul Global. Além disso, ele reforçou pautas centrais como a promoção de mecanismos financeiros alternativos e uso de moedas locais, e a necessidade de reformar instituições globais como o Conselho de Segurança da ONU e o FMI.

O papel do Brics no cenário internacional

O chanceler lembrou que o Brics representa quase metade da população global, com 39% do PIB mundial e que é responsável por 50% da produção de energia no planeta. “Este grupo do Sul Global e seu papel na formação do futuro nunca foram tão significativos”, completou, enfatizando a recente expansão do bloco de cinco para 11 membros, incluindo a Indonésia como novo integrante.

Reforma na governança global e justiça climática

Segundo Vieira, a arquitetura de segurança global precisa de uma reforma abrangente para refletir a nova conjuntura internacional. Além disso, o ministro destacou a prioridade brasileira em justiça climática, criticando a insuficiência de financiamento para países em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas. “As nações em desenvolvimento precisam de autonomia e recursos para uma transição justa para economias de baixo carbono”, destacou.

Inteligência artificial e comércio regional

Outro foco da presidência brasileira no Brics é a governança global da inteligência artificial. Vieira alertou que a IA não deve ser controlada por um punhado de países, defendendo um desenvolvimento ético e multilateral dessa tecnologia. No âmbito comercial, ele ainda propôs o fortalecimento do comércio intrabloco e o avanço no uso de moedas locais para facilitar transações e reduzir dependências.

A reunião continua até esta quarta-feira (26), com discussões lideradas pelos Sherpas do Brics, os principais negociadores de cada país membro. Sob a presidência brasileira, o bloco segue com uma agenda ampla em busca de maior cooperação e justiça global.

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