Brasil encerrou janeiro com mais de 180 mil casos de dengue e 38 morte | Agência Brasil

    0
    aumento-casos-dengue-2025webp
    © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

    O Brasil registrou nos primeiros 30 dias de 2025, um total de 170.376 casos prováveis de dengue em todo o país. Foram confirmadas 38 mortes e há 201 óbitos ainda sob investigação. De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência atual é de 80,1 casos para cada 100 mil habitantes.

    Dados indicam que a maioria dos casos, 54%, foi registrada entre mulheres, enquanto homens representam 46% das ocorrências. A análise demográfica mostra que 51,3% são de pessoas brancas, 32,4% pardas, 4,4% negras e 1,1% amarelas. As faixas etárias mais impactadas são entre 20 e 49 anos.

    Entre os estados brasileiros, São Paulo lidera em número absoluto de casos prováveis, com 100.025 registros. Em seguida vêm Minas Gerais (18.402), Paraná (9.424) e Goiás (8.683). No coeficiente de incidência, o Acre ocupa a primeira posição com 391,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (217,6), Mato Grosso (193,9) e Goiás (118,1).

    As regiões Norte e Nordeste mostram estabilidade ou ligeira queda nos casos quando comparados aos dados de 2024, enquanto o Centro-Oeste e o Sul apresentaram uma redução significativa, de acordo com o Ministério da Saúde. Contudo, o Sudeste preocupa os especialistas, especialmente pelo aumento expressivo nos números do estado de São Paulo.

    O estado de São Paulo registrou quase o dobro de casos em comparação com o mesmo período do ano anterior, saltando de 50 mil para 100 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2025. Por outro lado, Minas Gerais reduziu os números absolutos de 123 mil para 16 mil, uma queda de 85% no mesmo período.

    Segundo o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, o aumento da circulação do sorotipo 3 da dengue no Sudeste, especialmente em São Paulo, é um dos principais fatores para o crescimento no número de casos. O sorotipo, que começou a ser detectado em 2024, segue em expansão em parte do Brasil e é uma ameaça em áreas que ainda não o registraram.

    Sem comentários

    Deixe uma resposta

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Sair da versão mobile