Na celebração do Dia Nacional da Educação Ambiental, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a criação de três novas Unidades de Conservação federais, totalizando mais de 50 mil hectares de áreas protegidas. As iniciativas fazem parte dos esforços para compensar os danos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015.
De acordo com a Agência Brasil, as novas unidades estão localizadas nos estados do Espírito Santo, Paraná e Ceará, com o objetivo de proteger espécies ameaçadas e apoiar o desenvolvimento sustentável de comunidades tradicionais. A maior delas é a Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do Rio Doce, no Espírito Santo, abrangendo 45.417 hectares nos municípios de Linhares e Aracruz.
A Importância das Novas Unidades de Conservação
A APA da Foz do Rio Doce é uma região vital para a biodiversidade, abrigando 255 espécies de aves, 54 espécies de répteis e 54 de mamíferos, além de locais de desova exclusivos de espécies como a tartaruga-de-couro. A área também proporcionará desenvolvimento sustentável a pescadores, comunidades indígenas e quilombolas, protegendo o ambiente marinho e terrestre, locais de reprodução de espécies de peixe comercialmente importantes.
No Paraná, foram criadas as Reservas de Desenvolvimento Sustentável Faxinal São Roquinho e Faxinal Bom Retiro, em Pinhão. Estas áreas preservam florestas e asseguram o modo de vida das comunidades faxinalenses, que utilizam práticas sustentáveis em seus territórios.
Outro destaque é a definição dos limites do Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange na Serra do Mar, no Paraná, o que potencializa a conservação ambiental e a gestão eficiente dos recursos naturais.
A implementação das novas unidades conta com o apoio financeiro do Fundo Rio Doce, gerido pelo BNDES, especialmente para a APA da Foz do Rio Doce, incentivando também a criação de um Instituto Federal de Educação focado em Economia do Mar na região.
Especialistas afirmam que as novas unidades fortalecem a conexão entre ecossistemas, contribuindo para as metas internacionais de preservação da biodiversidade, enquanto ressaltam a importância da garantia de recursos para sua gestão eficaz e envolvimento das comunidades locais.
As quatro novas unidades de conservação representam um passo significativo na política ambiental do Brasil, buscando equilibrar a conservação da natureza, o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.