Uma bebê de um ano e quatro meses morreu após esperar por três dias por um leito de CTI em Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com informações do O Tempo, a criança, Evelyn Marques Bambirra, estava internada no Hospital Municipal da cidade e foi vítima de parada cardiorrespiratória na sexta-feira (2). O caso ocorreu durante uma situação de emergência em saúde pública decretada em Minas Gerais.
A família de Evelyn alega negligência da equipe médica e atraso do Estado em garantir uma vaga na UTI. Amanda Marques, mãe da menina, relatou que Evelyn apresentou sintomas de uma síndrome respiratória na segunda-feira, 28 de abril, enquanto estava na creche. No dia seguinte, a criança foi medicada e liberada do hospital. Com persistência dos sintomas, a internação ocorreu na quarta-feira (29).
Mesmo após esforços do hospital para conseguir a transferência, não havia vagas disponíveis, e o quadro da criança piorou. Segundo a mãe, houve falha no uso de equipamentos adequados para a intubação. “Os médicos usaram cano de intubação de adulto, pois não havia um próprio para ser utilizado em crianças”, disse Amanda. A bebê faleceu enquanto o governo de Minas Gerais não respondeu sobre o ocorrido.
Nota da Prefeitura de Pedro Leopoldo
Em nota, a Prefeitura de Pedro Leopoldo afirmou que Evelyn deu entrada no hospital com bronquiolite e tinham sido seguidos os protocolos médicos necessários. A evolução da doença, que culminou em pneumonia, foi considerada rápida e severa. A prefeitura enfatiza que fez o possível para a transferência da paciente, mas a falta de leitos na rede estadual impossibilitou a remoção em tempo. Todas as ações médicas foram registradas adequadamente, argumenta a administração municipal.
A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando o caso, após a família registrar um boletim de ocorrência. O governo estadual ainda não se manifestou sobre a morte da criança ou sobre as denúncias de falta de leitos.