Durante um painel realizado nesta quarta-feira (26), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou a crescente influência do crime organizado na política e na economia do Brasil. Em uma palestra promovida pelo BTG Pactual, Barroso ressaltou que a segurança pública precisa “entrar na agenda brasileira de maneira aflitiva”, dada a gravidade do crescimento do crime organizado, da violência e do domínio territorial em diversas regiões do país.
O magistrado ainda classificou três tipos de criminalidades que considera preocupantes: a criminalidade comum, a criminalidade organizada e a criminalidade institucionalizada. Esta última, nas palavras dele, diz respeito à corrupção que “se instala dentro do Estado com uma cultura tolerante ao desvio de recursos”.
Educação como ponto-chave
Barroso apontou a educação como um dos principais problemas que contribuem para as falhas estruturais do Brasil. Segundo ele, a ausência de avanços significativos nessa área “nos atrasou na história”. Ele enfatizou que melhorias só serão possíveis com uma “elevação da ética pública e privada”.
Preocupações com a Amazônia
Outro ponto levantado foi as questões de segurança e domínio na região Amazônica, que, para Barroso, devem ser motivo de grande preocupação para todos que têm compromisso com o futuro do país. O papel do Estado é essencial para combater o avanço do crime organizado em territórios estratégicos, como este.
Segundo o ministro, apenas uma abordagem integrada, que envolva melhorias na educação, ética e segurança pública, pode trazer transformações reais e positivas para o Brasil.
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