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Acesso à internet se iguala entre diferentes raças no Brasil de 2016 a 2024, segundo IBGE

Dados da PNAD Contínua 2024, divulgados pelo IBGE, demonstram um avanço significativo na redução das desigualdades raciais no acesso à internet no Brasil. Em 2024, 88,4% das pessoas pretas e 88,6% das pessoas pardas, com 10 anos ou mais, utilizaram a internet, um número bastante próximo dos 90% registrados entre pessoas brancas. Em 2016, a diferença era mais pronunciada, com 72,6% das pessoas brancas acessando a internet, em comparação a 63,9% das pretas e 60,3% das pardas.

De acordo com informações do Ministério das Comunicações, o ministro Frederico de Siqueira Filho ressaltou que estes números são um reflexo dos investimentos em conectividade realizados pelo Governo Federal. Ele afirma que a inclusão digital é tanto um direito quanto um instrumento de justiça social, vital para proporcionar acesso à informação, educação, serviços públicos e ao mercado de trabalho.

Iniciativas de Inclusão Digital

O Ministério das Comunicações tem desenvolvido políticas públicas estratégicas para promover a inclusão digital e combater o racismo estrutural no Brasil. Entre essas ações destaca-se o Programa Computadores para Inclusão, que prioriza a doação de equipamentos recondicionados para territórios historicamente excluídos, melhorando o acesso às tecnologias e garantindo mais equidade racial.

Recentemente, foram entregues 55 computadores a 10 organizações do Movimento Negro em Porto Alegre (RS). A Cáritas-RS, uma das entidades beneficiadas, enfatizou a importância da doação. Eliane Brochet, representante da organização, comentou quanto a inclusão digital é essencial para arrecadação de recursos e conexão com o mundo.

Outra ação relevante foi a doação de notebooks para a Comunidade Quilombola de Pitanga de Palmares, em Salvador (BA). Esta iniciativa inicia uma mobilização nacional que pretende distribuir 200 equipamentos a 44 comunidades quilombolas em várias regiões do país.

Além dos notebooks, a comunidade receberá uma antena de banda larga via satélite, instalada pela Telebras, através do programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), ampliando assim a conectividade e o acesso a serviços públicos essenciais.

Essas ações visam fortalecer a autonomia das comunidades quilombolas e assegurar o acesso à informação.

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