O Programa Se Liga!, destinado ao acompanhamento de jovens e adolescentes egressos de medidas socioeducativas, iniciou suas atividades em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. A iniciativa, que é coordenada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp MG), começou a atuar na cidade na segunda quinzena deste mês.
De acordo com a Sejusp, o Se Liga! foi criado em 2010 e oferece apoio a adolescentes que estão cumprindo ou já cumpriram medidas de semiliberdade e internação. O programa promove a inserção desses jovens no mercado de trabalho, facilita o acesso a serviços públicos de saúde e assistência social, além de incentivar a participação em atividades culturais e esportivas. Também assegura a continuidade dos estudos após o cumprimento das medidas.
Embora o programa seja gerido pela Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase), não se trata de uma extensão das medidas socioeducativas, mas de uma rede de apoio que busca oferecer alternativas à criminalidade aos adolescentes, promovendo sua autonomia.
Expansão do Programa
Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, a expansão do Se Liga! para Montes Claros representa um passo importante para o fortalecimento dos atendimentos socioeducativos em Minas Gerais. “O programa contribui para que os participantes construam novas oportunidades, reduzindo a reincidência e servindo como uma ponte entre o sistema socioeducativo e a reintegração dos adolescentes à sociedade”, destaca.
O projeto já estava consolidado em cidades como Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberlândia, e agora alcança a 11ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp). Há planos de expansão para Governador Valadares no próximo ano, abrangendo os principais polos socioeducativos do estado.
Giselle Cyrillo, subsecretária de Atendimento Socioeducativo, considera a iniciativa essencial para a consolidação da socioeducação em Minas Gerais. Ela afirma que o programa não apenas mitiga o retorno dos jovens à criminalidade, como também oferece subsídios para avaliar a efetividade das políticas públicas.
Cada adolescente no programa pode, junto de uma equipe, decidir quais áreas priorizar durante o acompanhamento, que dura até um ano a partir da inclusão. As atividades e temas são ajustados conforme interesses individuais, respeitando as garantias do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).