Minas Gerais registrou um significativo avanço na alfabetização de crianças no segundo ano do ensino fundamental. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgado em 11 de julho, o estado passou da sétima para a terceira posição nacional em 2024, com 72,07% dos estudantes alfabetizados, superando a meta nacional de 63,2% e a meta estadual projetada para 2026.
O desempenho de Minas Gerais foi o mais elevado na Região Sudeste e o terceiro maior no Brasil, ficando atrás apenas de Ceará (85,31%) e Goiás (72,74%). Além disso, o estado eliminou completamente o percentual de alunos no nível mais baixo de proficiência, aumentando aqueles nos níveis recomendados e avançados. Isso garantiu que mais crianças alcançassem a alfabetização na idade apropriada.
De acordo com informações do Governo do Estado, houve um crescimento de 12,26 pontos percentuais em comparação a 2023, o maior entre todos os estados do Brasil, com uma taxa de participação de 88,85% que reforça a confiabilidade dos dados. O governador Romeu Zema destacou que este resultado é fruto dos investimentos realizados na educação do estado, como a reforma de mais de 2,5 mil escolas e o aumento de mais de 2.000% no investimento na merenda escolar.
Superação de metas e colaboração com municípios
Segundo Igor de Alvarenga, secretário de Estado de Educação, os números refletem a eficácia das ações planejadas e da colaboração com os municípios. “A alfabetização é o alicerce da vida escolar, e estamos colhendo os frutos de um trabalho planejado e estruturado”, comentou ele, enfatizando o mérito dos professores e o investimento contínuo na leitura e escrita desde os primeiros anos escolares.
Minas não só superou a meta estadual prevista para 2026 como consolidou-se como referência na recomposição das aprendizagens. Houve uma redução notável no percentual de estudantes nos níveis intermediários, com avanço para níveis ideais de desempenho. A subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Kellen Senra, afirmou que o sucesso se deve a escolhas estratégicas e investimentos, como em formação e materiais de qualidade.
No comparativo com outras regiões, Minas liderou o Sudeste, à frente do Espírito Santo (71,69%), São Paulo (58,13%) e Rio de Janeiro (55,25%). O avanço mineiro na educação pública foi apoiado por um investimento histórico de R$ 19,2 bilhões, garantindo transformações na infraestrutura e gestão escolar. O trabalho conjunto com municípios e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais (Undime/MG) foram também cruciais para esses resultados.