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Arquivo Público Mineiro celebra 130 anos com eventos sobre valorização de acervos

O Arquivo Público Mineiro (APM) celebra 130 anos de atuação contínua na preservação da memória documental de Minas Gerais. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, a comemoração inclui uma programação especial ao longo do ano, abrangendo oficinas, cursos, conferências e homenagens destinadas ao público especializado e à sociedade em geral.

Fundado em 1895 em Ouro Preto e posteriormente transferido para Belo Horizonte, o APM é um dos mais antigos arquivos públicos do Brasil. A instituição é referência nacional em conservação documental, gestão de arquivos e acesso à informação, representando um repositório essencial para a pesquisa histórica e a transparência pública no estado.

Programação dos 130 anos: memória em movimento

Até dezembro, o APM oferece atividades como cursos de paleografia em junho e setembro, voltados à leitura de documentos manuscritos dos séculos XVIII e XIX. Além disso, promove o ciclo de conferências e mesas-redondas “Cultura Escrita e suas interfaces”, com módulos dedicados à paleografia, conservação e história. Historiadores participam da mesa-redonda “Do APM para a História”, abordando pesquisas desenvolvidas no acervo da instituição.

Oficinas de gestão documental, preservação digital e conservação de acervos são direcionadas a servidores e pesquisadores. O V Fórum Estadual de Gestão de Documentos discutirá políticas públicas arquivísticas. No dia 11 de julho, haverá uma solenidade comemorativa em parceria com a Associação dos Amigos do Arquivo Público Mineiro (ACAPM), com homenagens a servidores e colaboradores.

O encerramento das comemorações será marcado pelo lançamento do vídeo “130 anos de memória”, em dezembro, com depoimentos de servidores e imagens históricas do acervo.

Acervos históricos de relevância mundial

O Arquivo Público Mineiro possui um vasto e diversificado acervo, abrangendo desde o período colonial até o século XXI. Destacam-se documentos do século XVIII, produzidos pela Secretaria de Governo da Capitania de Minas Gerais, importantes para compreender a formação das primeiras vilas da região.

Entre os documentos, incluem-se três conjuntos reconhecidos internacionalmente pelo programa Memória do Mundo da Unesco: os documentos da Câmara Municipal de Ouro Preto, a documentação da construção de Belo Horizonte, e o acervo do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), essencial para estudos sobre repressão política e direitos humanos no Brasil do século XX.

Também são destacados os documentos avulsos da Capitania de Minas e a Biblioteca do APM, com uma significativa coleção de obras raras. De acordo com a diretoria do APM, a instituição está aberta para receber pesquisadores e interessados, oferecendo uma oportunidade para explorar a história e identidade de Minas Gerais e do Brasil.

A programação completa está disponível neste link.

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