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Prazo final para produtores de frutas cítricas enviarem relatório de vistoria do greening é 15/7

Em Minas Gerais, os produtores de frutas cítricas têm até o dia 15 de julho de 2025 para entregar o Relatório de Vistoria Fitossanitária do Greening (HLB) ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o envio do documento é obrigatório e deve seguir normativa específica. O relatório precisa ser preenchido com informações de vistorias realizadas por engenheiros agrônomos habilitados pelo curso de Certificação Fitossanitária de Origem (CFO), oferecido pelo IMA. O envio deve ser feito exclusivamente via sistema digital do portal de serviços do órgão, acessado através do cadastro GOV.br.

Segundo Leonardo do Carmo, gerente de defesa sanitária vegetal do IMA, “o relatório é essencial para acompanharmos a situação da praga no estado e orientamos ações de controle. Além disso, o citricultor passa a conhecer melhor o risco em seu pomar e pode agir com mais eficiência”. Dados do instituto indicam um aumento na incidência da doença, com a média subindo de 8,68% no primeiro semestre de 2024 para 11,14% no segundo semestre, nas propriedades afetadas.

A entrega do relatório é obrigatória para produtores de cerca de 275 municípios mineiros, segundo portarias estadual e federal. Além das localidades com registro oficial da praga, a exigência inclui regiões classificadas como de risco, que abrangem áreas próximas a estados com focos, como São Paulo. Essas áreas são definidas com base em critérios técnicos, como focos confirmados, áreas limítrofes e risco de disseminação.

Ações contínuas de combate ao Greening

O IMA realiza ações contínuas de prevenção e controle do greening desde que a doença foi detectada em Minas Gerais, há cerca de 20 anos. Só no último ano, foram mais de três mil atividades em campo, entre fiscalizações, vistorias e orientações técnicas aos produtores. Levantamentos fitossanitários também são feitos em regiões sem histórico da praga, visando identificar precocemente possíveis ocorrências.

Além disso, o instituto desenvolve o programa Viva Citros, que visa conscientizar os produtores e fortalecer as boas práticas no campo. Em 2024, o programa foi implementado em três regiões: Noroeste de Minas, Triângulo Mineiro e Zona da Mata, e deve chegar à região de Teófilo Otoni no final de junho. “A informação é a chave para reduzir os impactos da doença. Quanto mais capacitado estiver o produtor, melhores são as chances de diminuirmos a incidência do greening no estado”, reforça Leonardo do Carmo.

Os sintomas do greening podem demorar a aparecer, sendo transmitidos pelo inseto psilídeo, Diaphorina citri. As manifestações ocorrem nas folhas e frutos, mas a planta pode ser assintomática por até dois anos. O monitoramento regular e a entrega do relatório são fundamentais para o manejo preventivo. Em casos de suspeita, deve-se comunicar imediatamente o escritório do IMA.

Mais informações sobre o Greening estão disponíveis no site do IMA.

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