De acordo com informações do g1, Daniela Teixeira Antonini, de 42 anos, foi responsável por provocar um incêndio que resultou na morte dela mesma, de sua filha Giovanna, de 1 ano e 11 meses, e de sua mãe, Cristina, de 68 anos. O incidente ocorreu dentro de um apartamento no bairro Barro Preto, localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em maio deste ano.
O inquérito policial, divulgado nesta quinta-feira (26), revelou que Daniela utilizou fita adesiva para vedar as janelas, cobriu a porta com um cobertor e acendeu um braseiro com carvão e óleo de cozinha. Segundo a delegada Iara França Camargos, da Delegacia de Homicídios, as vítimas morreram asfixiadas devido à inalação de monóxido de carbono.
Os corpos das vítimas foram encontrados no dia 9 de maio, apresentando sinais avançados de decomposição. Estima-se que as mortes tenham ocorrido por volta da noite de 6 de maio. O caso também resultou na morte dos quatro cachorros da família, que foram localizados na cama junto às vítimas.
Condições Emocionais e Circunstâncias da Mãe
As investigações indicam que Daniela enfrentava exaustão física e emocional, intensificada pela responsabilidade de cuidar da filha que possuía uma condição congênita grave. Giovanna nasceu com uma má formação no sistema digestivo, necessitando de cuidados constantes, inclusive alimentando-se por sonda. A bebê havia passado por uma cirurgia dois meses antes da tragédia e ainda precisaria de outra intervenção cirúrgica no futuro, comprometendo ainda mais o estado emocional da mãe.
A Polícia Militar foi chamada ao local depois que a avó paterna da criança relatou falta de contato com a família. A síndica do prédio, ao perceber um odor forte no corredor, acionou as autoridades. Com a porta arrombada pelos policiais, as três vítimas foram encontradas na cama.
O apartamento estava trancado e com as janelas fechadas. No local, haviam três bandejas com carvão queimado. As investigações confirmaram que não houve envolvimento de terceiros no ocorrido.
A Polícia Civil também identificou problemas financeiros enfrentados pela família, mencionados em uma carta deixada por Daniela. Ela não trabalhava e recebia suporte financeiro de familiares, amigos e doações, mas essa condição a deixava frustrada. Havia atraso em pagamentos de aluguel e condomínio. O pai da criança, que tinha visitas programadas quinzenalmente e prestava auxílio financeiro, confirmou à polícia que as visitas eram intermediadas por familiares, devido a uma medida protetiva que Daniela havia solicitado no passado, decorrente de alegações de violência doméstica.