Os novos trens do metrô de Belo Horizonte, em processo de fabricação pela Changchun Railway Vehicles (CRRC) na China, oferecem uma série de inovações tecnológicas. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, visitou a fábrica para conhecer as melhorias destinadas a oferecer mais conforto, segurança e sustentabilidade ao sistema de transporte urbano. Ao todo, 24 trens serão entregues com previsão de operação de dez deles até o final de 2026.
De acordo com o Governo de Minas Gerais, os trens integram um sistema de monitoramento por câmeras (CFTV) e um canal de comunicação direta com o condutor para emergências. A conectividade é assegurada pelo Wi-Fi embarcado, permitindo que os passageiros permaneçam conectados à internet durante a viagem.
Recursos e Inovações
Os trens contam com um sistema de contagem de passageiros, que informa o nível de ocupação de cada carro às próximas estações. Esse recurso visa melhorar a distribuição dos usuários nos vagões. Para garantir o conforto térmico, cada carro possui climatização automática que troca o ar interno com o externo conforme necessário.
A bordo, um sistema de multimídia ativa fornece informações operacionais e institucionais através de dois displays de LED e oito telas LCD por carro. O mapa eletrônico acima das portas oferece orientação em tempo real quanto ao trajeto e posição do trem. O design interno foi aperfeiçoado com bancos mais espaçosos, buscando maior comodidade aos passageiros.
Tecnologias de operação como a telemetria embarcada, que envia dados ao Centro de Controle de Operações (CCO), possibilitam a manutenção predictiva e a detecção rápida de falhas. Outro destaque é a conversão de energia gerada pela frenagem em eletricidade, reduzindo o consumo energético e promovendo a sustentabilidade ambiental.
O sistema de Operação Automática de Trens (ATO) é responsável por funções como aceleração e frenagem, otimizando segurança e eficiência nas viagens. Com um investimento de aproximadamente R$ 700 milhões e apoio do Governo de Minas, a Metrô BH gerencia a operação e modernização do sistema, antecipando em dois anos a compra completa dos novos trens.
