Seis meses após a homologação do Acordo de Reparação da Bacia do Rio Doce pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Samarco já alocou R$ 10 bilhões para diversas ações. Essas ações incluem indenizações individuais, auxílios financeiros, reassentamentos e iniciativas de recuperação ambiental, além do repasse de recursos aos poderes públicos em várias esferas.
De acordo com o jornal O Tempo, o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, afirmou: “Nosso compromisso é continuar as atividades de indenização e realizar o pagamento a todas as pessoas elegíveis, garantindo a reparação integral e definitiva. Reparar é nosso dever e responsabilidade.”
Recuperação ambiental e planejamento
Até julho de 2025, a Samarco se comprometeu a entregar o Plano de Recuperação Ambiental (PRA) ao Ibama e a outros órgãos ambientais. Este plano engloba ações previstas no Acordo, com o objetivo de restaurar e compensar os impactos ambientais causados pelo rompimento na bacia do Rio Doce.
As diretrizes do plano incluem a recuperação de áreas afetadas, restauração de margens, revitalização do ambiente aquático e reflorestamento compensatório de 50 mil hectares. Até agora, 41,1 mil hectares foram cercados e protegidos. Além disso, a recuperação de 5.000 nascentes está parcialmente completa, com 3.716 já cercadas.
No total, 26 municípios estão integrados ao acordo, recebendo até o momento R$ 68,4 milhões. Deste montante, R$ 4,9 bilhões foram repassados a entes públicos e R$ 5,1 bilhões foram diretamente aplicados pela Samarco em indenizações, reassentamentos e ações ambientais.
Em termos de apoio a indivíduos, R$ 1,4 bilhão foi pago a 14,9 mil pessoas até 9 de maio de 2025. Além disso, R$ 326,3 milhões foram direcionados a povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. Estes dados indicam um esforço significativo para enfrentar os desafios gerados pelo desastre ambiental na região.