Um líder espiritual de um terreiro de umbanda em Frutal, no Triângulo Mineiro, foi condenado a 10 anos e 20 dias de prisão por diversos crimes contra a dignidade sexual de fiéis. Além disso, seu filho foi condenado a três anos de reclusão em regime aberto por perseguir e ameaçar testemunhas do caso. A decisão judicial é resultado de denúncias e investigações conduzidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil.
De acordo com informações do Itatiaia, a apuração revelou que o homem utilizava sua posição de líder do terreiro para alegar incorporações de entidades espirituais e induzir as vítimas, incluindo crianças e adolescentes, a participarem de rituais sexuais. Ele também praticava fraudes como forma de manipular suas ações. Entre os métodos utilizados, destacam-se coerção psicológica e até indução através de bebidas alcoólicas.
Conforme o Ministério Público, as mulheres que frequentavam o local relataram temer represálias devido à influência que o líder exercia sobre elas. Os crimes imputados ao acusado incluem estupro de vulnerável, estupro, violação sexual mediante fraude, entre outros delitos contra a dignidade sexual.
Filho do líder também foi condenado
No decorrer das investigações, foi evidenciado que o filho do líder espiritual desempenhou papel ativo no caso. Ele teria perseguido e ameaçado testemunhas durante a apuração dos fatos, o que resultou em sua condenação à pena de três anos de reclusão, cumprida em regime aberto.
As investigações também indicaram que o líder religioso cometeu atos de violência psicológica e praticou imposições sobre suas vítimas, que em muitos casos estavam em situação de vulnerabilidade. A atuação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil foi decisiva para a obtenção das condenações.