O Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apresentou os resultados da primeira etapa da pesquisa de avaliação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). O estudo abrangeu os 169 projetos realizados no 5º triênio (2021-2023) e busca identificar boas práticas, desafios e oportunidades de aprimoramento do programa. O evento ocorreu na última sexta-feira (14), em Brasília, com a participação de representantes do setor público, acadêmico e hospitalar.
De acordo com o Ministério da Saúde, o relatório inicial mostrou que 70% dos projetos desenvolvidos pelo programa são voltados para áreas de gestão e pesquisa, com execução média de 25,2 meses e custo médio de R$ 13,2 milhões por projeto. A maior parte possui abrangência nacional, com concentração nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. As principais temáticas abordadas foram doenças crônicas, gestão em saúde e capacitação de profissionais. Também foram identificados impactos positivos, como a qualificação de gestores, fortalecimento da atenção à saúde, geração de protocolos clínicos e redução de custos para o SUS.
Resultados e avanços do Proadi-SUS
Os 890 produtos entregues pelos projetos foram agrupados em nove categorias, que incluem ações em infraestrutura, pesquisas e análises de dados, capacitação profissional, desenvolvimento de produtos e monitoramento de atividades. Destaques incluem o fortalecimento das linhas de cuidado no SUS e a diminuição de atendimentos de emergência e internações, promovendo maior eficiência nos serviços públicos de saúde.
Para garantir a sustentabilidade e ampliação dos resultados do Proadi-SUS, foram elaboradas recomendações para o futuro do programa. Entre as sugestões estão o uso de novas tecnologias, maior articulação entre o programa e políticas do SUS, além de monitoramento contínuo, foco no impacto mensurável e ampliação da transparência e da prestação de contas. Outros pontos ressaltam a importância de inovações para atender diretamente as necessidades dos usuários e avaliar impactos a longo prazo.
Próximas etapas e sobre o programa
A pesquisa de avaliação ainda contemplará mais duas etapas. Entre as atividades previstas estão trabalhos de campo com participantes diretos e indiretos, como hospitais de excelência, entidades parceiras e serviços beneficiados, além da elaboração de um modelo estruturado para o monitoramento e a avaliação do programa. O relatório final da primeira etapa será disponibilizado na página oficial do Ministério da Saúde.
Criado em 2009, o Proadi-SUS utiliza recursos provenientes da imunidade tributária concedida a seis hospitais filantrópicos – Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor – Hospital do Coração, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio Libanês. O programa visa fortalecer o SUS por meio de projetos voltados à capacitação, inovação, pesquisa e gestão em saúde.