Minas Gerais reafirma sua liderança na criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) no Brasil, conforme aponta o censo de 2025 da Confederação Nacional de RPPNs (CNRPPN). Com um total de 397 unidades de conservação registradas, o estado mantém a dianteira, superando o Paraná, que ocupa o segundo lugar com 330 reservas.
O Brasil, ao todo, possui 1.899 RPPNs, e Minas Gerais se destaca também pela área protegida, alcançando o terceiro lugar no ranking nacional, com 152 mil hectares sob proteção. O estado é superado apenas por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul nesse quesito.
Principais Biomas Preservados
No estado mineiro, a maior parte das reservas está localizada no bioma Mata Atlântica, com 206 RPPNs protegendo uma área de 22 mil hectares. Por outro lado, o bioma Cerrado, mesmo com um menor número de reservas (68), apresenta áreas protegidas maiores, acumulando 86 mil hectares.
Novas Reservas e Importância Ambiental
A gestão ambiental em Minas segue avançando. Segundo Lívia de Oliveira Martins, gestora ambiental do Instituto Estadual de Florestas (IEF), entre 2024 e 2025 foram criadas 10 novas RPPNs no estado. “Essas reservas têm sido fundamentais para a ampliação da proteção ambiental no estado”, afirmou Lívia.
As RPPNs, que são unidades de conservação criadas voluntariamente por proprietários de terras e reconhecidas pelo poder público, possuem grande flexibilidade. Não há exigências quanto a tamanho mínimo ou máximo, o que facilita a adesão de tanto propriedades rurais quanto urbanas. Além disso, essas reservas são essenciais para o envolvimento ativo da sociedade civil e do governo na preservação ambiental.
Contribuição Mineira para o Sistema Nacional
O protagonismo de Minas Gerais nas RPPNs reforça o compromisso do estado com a conservação de biomas essenciais para o equilíbrio ambiental brasileiro. Tanto a Mata Atlântica quanto o Cerrado são protegidos através dessas iniciativas, fomentando o aumento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).