OMS mantém alerta máximo para epidemia de mpox. A Organização Mundial da Saúde anunciou nesta quinta-feira (27) a continuidade do nível de alerta máximo para a epidemia de mpox devido ao aumento de casos e à disseminação geográfica da doença. O vírus, semelhante à varíola, já infectou cerca de 128.000 pessoas em 130 países e causou 281 mortes até o momento, de acordo com os dados mais recentes.
Razões para a manutenção do alerta
Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a decisão foi baseada em fatores como:
- Aumento contínuo dos casos;
- Disseminação geográfica da epidemia;
- Violência no leste da República Democrática do Congo, dificultando respostas locais;
- Falta de financiamento para ações de contenção.
O que é a mpox?
A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença causada por um vírus da mesma família da varíola. Detectada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, a doença entrou em grande evidência em 2022, com o subtipo clade 2 afetando populações em múltiplos continentes.
A transmissão ocorre por meio de contato físico próximo, incluindo o contato com lesões cutâneas de uma pessoa infectada. A mpox causa febre, dores musculares e grandes lesões cutâneas, podendo ser fatal em alguns casos.
Impacto global atual
Desde maio de 2022, o clade 2 do vírus atraiu atenção internacional, especialmente por infectar principalmente homens que mantêm relações sexuais com outros homens. As maiores taxas de disseminação foram registradas fora da África, alterando a percepção global em relação à doença anteriormente endêmica no continente africano.
Hoje, os 128.000 casos confirmados e o número de óbitos destacam a necessidade contínua de reforço nas políticas de saúde pública e vigilância sanitária em escala global.
Mobilização e precauções
A OMS recomenda que os países priorizem o monitoramento, diagnóstico e tratamento precoce da mpox. Além disso, é fundamental aumentar a conscientização sobre as medidas preventivas, evitando contatos próximos e promovendo práticas de higiene.
A continuidade do estado de alerta reflete os esforços necessários para conter a epidemia e distribuir recursos que atendam à demanda de combate à doença em locais críticos, como a República Democrática do Congo.