Justiça suspende júri popular após confissão de serial killer
A Justiça de Alagoas decidiu suspender o júri popular de Antônio Guilherme dos Santos, réu anteriormente acusado pelo homicídio de Genilda Maria da Conceição, após novas evidências apontarem para Albino Santos de Lima como o verdadeiro autor do crime. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico na última quarta-feira, fruto de descobertas feitas pela análise de um celular apreendido que ligaram Albino a uma série de homicídios.
O caso traz à tona falhas graves na condução das investigações iniciais, sustentadas por depoimentos questionáveis, incluindo o testemunho de uma criança de 11 anos. Novos elementos surgidos na investigação incluem confissões do serial killer de Alagoas e provas periciais, que indicam a atuação de Albino Santos de Lima no assassinato de Genilda e em outros crimes.
Falhas na condução do caso
Arnon de Mello, advogado de defesa de Antônio Guilherme dos Santos, criticou severamente o processo e explicou que seus clientes foram incriminados injustamente. Antônio e outros dois irmãos passaram três anos presos devido a acusações baseadas em retratos falados e testemunhos frágeis. Segundo o advogado, novas provas obtidas confirmam que eles foram acusados incorretamente.
“É assustador que, com elementos tão precários, três irmãos estejam enfrentando a magnitude e a gravidade desse processo”, destacou em vídeo divulgado nas redes sociais.
Manifestação do Ministério Público
O Tribunal de Justiça concedeu ao Ministério Público um prazo de cinco dias para se manifestar sobre o caso e avaliar a possibilidade de despronúncia de Antônio Guilherme dos Santos. A despronúncia removeria a acusação formal contra ele, criando novas perspectivas para o caso.
Enquanto isso, a defesa aguarda o posicionamento do Ministério Público e trabalha para corrigir falhas processuais que resultaram na prisão indevida dos irmãos. Com as recentes confissões e novas evidências apresentadas pela Polícia Civil, o desenrolar desse caso poderá influenciar profundamente a condução de investigações futuras no Estado.