Casal é preso após suspeita de adotar ilegalmente recém-nascido retirado de hospital em Belo Horizonte
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, nesta quarta-feira (26), um casal suspeito de negociar adoções ilegais de crianças pelo WhatsApp. O homem, de 41 anos, e a mulher, de 38, foram flagrados em Ibiá, no Triângulo Mineiro, após retirar um bebê recém-nascido de um hospital em Belo Horizonte e viajar 321 km até sua residência. Durante a operação, os agentes também resgataram uma criança de seis anos, que o casal teria “adotado” anteriormente sem cumprir os trâmites legais.
Segundo as investigações, o caso é tratado como tráfico de crianças. A mãe biológica do bebê, de 22 anos, foi localizada em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, e está colaborando com o processo. As duas crianças resgatadas foram acolhidas pelo Conselho Tutelar e encaminhadas para um local seguro, onde encontram-se sob proteção. O casal foi encaminhado ao sistema prisional para responder às acusações.
Tráfico de crianças sob disfarce de “adoção à brasileira”
O esquema identificado pela polícia é classificado pela prática de “adoção à brasileira”, em que a criança é registrada como filho biológico sem qualquer observância dos trâmites legais. Este tipo de adoção pode configurar crime, principalmente quando realizado com intenção de burlar a legislação vigente ou em situações que envolvam troca de valores. As investigações continuam para identificar se há outros envolvidos nesta rede de adoção ilegal.
A importância da investigação e acolhimento
A ação rápida da Polícia Civil ajudou a evitar que o bebê recém-nascido fosse afastado de sua mãe biológica de forma ilegal. Além disso, o Conselho Tutelar garantiu que ambas as crianças resgatadas recebessem a proteção necessária e fossem colocadas em um ambiente seguro, longe de qualquer perigo iminente. O caso serve como alerta para possíveis tentativas de burlar processos legais de adoção.
A PCMG segue coletando informações e rastros digitais utilizados nas negociações realizadas pelo WhatsApp, principal meio de comunicação dos suspeitos. Denúncias anônimas podem ajudar no avanço das investigações e evitar novas tentativas de tráfico infantil.