Motorista de caminhão e dono de empresa são indiciados por 39 mortes em acidente de ônibus em MG
Resumo do caso
A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou o motorista de um caminhão e o dono da empresa de transporte por crimes relacionados ao acidente que matou 39 pessoas em Teófilo Otoni (MG). O motorista foi acusado por homicídio com dolo eventual, lesão corporal, fuga do local e omissão de socorro. Já o proprietário da empresa também enfrentará a acusação de falsidade ideológica devido à adulteração de documentos de transporte.
Detalhes da investigação
- Sobrepeso e velocidade: A carga do caminhão pesava 103 toneladas, excedendo em 77% o limite permitido. A perícia indicou que, além do excesso de peso, o veículo estava a 97 km/h, quando o limite seguro seria 62 km/h.
- Modificações ilegais: Alterações na suspensão do semirreboque para suportar mais peso foram identificadas, deslocando o centro de gravidade do veículo.
- Resultados toxicológicos: Foram encontrados vestígios de álcool e drogas no organismo do motorista. A defesa apresentou um laudo alternativo contestando as descobertas da polícia.
Como o acidente ocorreu?
A investigação concluiu que o desastre foi causado após o tombamento do semirreboque, que atingiu um ônibus e outros veículos. Antes disso, o caminhão ainda colidiu com um caminhão baú. O impacto do bloco de quartzito contra o ônibus resultou em explosão e incêndio.
Próximos passos
O inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se apresentará denúncia formal contra os envolvidos. Os representantes legais das partes não responderam às tentativas de contato da imprensa até o momento.