Em entrevista recente ao jornalista Leo Dias, Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, fez declarações polêmicas sobre seu julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro afirmou que a turma possui o apelido de “câmara de gás”, além de mencionar a possibilidade de enfrentar décadas na prisão por condenações em processos que somam penas superiores a 40 anos.
Denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 19 de fevereiro, o ex-presidente é acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado, além de dano qualificado contra patrimônio público e participação em organização criminosa. Sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, o caso será avaliado por uma turma composta também pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux.
Durante a entrevista, Bolsonaro minimizou sua participação em eventos relacionados à tentativa de golpe de 8 de janeiro, sugerindo que a esquerda teria planejado o ataque. Ele também defendeu seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada, ao declarar que Cid foi “psicologicamente torturado” para colaborar com as investigações.
Ao ser questionado sobre sua possível sentença, o ex-presidente declarou que, caso todas as acusações resultem em penas máximas, pode “morrer na cadeia” devido à idade avançada. Ele também afirmou que sua prisão causaria uma comoção nacional e levantou teorias sobre interesses de figuras públicas que prefeririam vê-lo morto.
Além disso, Bolsonaro comentou a atuação de outros nomes da direita brasileira e a possibilidade de sua esposa, Michelle Bolsonaro, se candidatar ao Senado em 2026, embora tenha descartado a hipótese de ela concorrer à Presidência.
Possíveis Repercussões
As declarações geram mais tensão no cenário político e jurídico do Brasil, aumentando as atenções voltadas para novas decisões do STF e suas implicações no futuro político de Bolsonaro.