O governo federal, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, anunciou uma série de iniciativas inovadoras e de grande impacto na área da saúde pública, destacando-se a produção em larga escala da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. A produção é fruto de uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A previsão é que, a partir de 2026, sejam ofertadas 60 milhões de doses anuais, com a possibilidade de ampliação desse número. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a meta é vacinar toda a população elegível, que inclui pessoas de 2 a 59 anos. No entanto, idosos ainda não estão contemplados devido à necessidade de ampliação dos estudos clínicos.
A vacina seguirá sendo prioridade no enfrentamento à dengue no Brasil, somando um investimento de R$ 1,26 bilhão, além de outros R$ 68 milhões previstos para pesquisas que ampliem a faixa etária atendida, incluindo idosos. Enquanto a imunização em massa não é viabilizada, a orientação é reforçar práticas de prevenção e vigilância para conter surtos.
Além disso, foi destacada a fabricação nacional inédita de insulina Glargina, liderada pela Fiocruz em parceria com a Biomm, consolidando o Brasil como o primeiro da América Latina a fabricar o insumo farmacêutico ativo de insulina. A previsão é de que a planta da Fiocruz, no Ceará, atinja a marca de 70 milhões de unidades anuais até 2025.
Outro marco importante é a futura produção nacional de até 8 milhões de doses da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), por meio de uma parceria entre o Butantan e a Pfizer, além do compromisso do governo em avançar com a vacina Influenza H5N8, reforçando a preparação contra possíveis emergências sanitárias.
Em discurso, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou o alinhamento dessas ações à política de inovação industrial, Nova Indústria Brasil, com recursos de até R$ 80 bilhões destinados a pesquisa e desenvolvimento no setor de saúde.