O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciaram em Brasília a produção em larga escala da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. A imunização deve estar disponível a partir de 2026, com previsão de 60 milhões de doses anuais. O projeto envolve o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics.
De acordo com a ministra, a vacinação focará em pessoas de 2 a 59 anos, com estudo posterior para ampliação aos idosos. Nísia reforçou que os imunizantes passam por rigorosos testes antes de serem liberados, ressaltando a proteção que a vacina poderá oferecer em escala nacional.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda avalia o pedido de registro do imunizante feito em 2024 pelo Instituto Butantan. Recentemente, a agência solicitou mais informações sobre qualidade, segurança e eficácia da vacina. Após aprovação, a distribuição atenderá a população elegível.
O Ministério da Saúde destacou que a vacina será financiada pelo governo federal. Além disso, estão previstos investimentos de R$ 68 milhões para ampliar os estudos clínicos, incluindo a combinação desta vacina com outra contra chikungunya, também desenvolvida no Instituto Butantan.
Outra novidade anunciada é a fabricação nacional da insulina Glargina por meio do Programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo, envolvendo a Fiocruz e a Biomm. A unidade de produção será no Ceará e garantirá uma cadeia produtiva completa para o SUS, com capacidade prevista de 70 milhões de unidades anuais para o segundo semestre de 2025.
Ainda no evento, o governo destacou uma parceria entre o Instituto Butantan e a Pfizer para a produção de até 8 milhões de doses da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Essa imunização está projetada para reduzir hospitalizações e prioriza populações específicas, como crianças e idosos.
Por fim, autoridades reforçaram que ações como essas impulsionam a Nova Indústria Brasil, alinhando investimentos em saúde com o fortalecimento do setor industrial do país. Essa estratégia visa permitir maior autonomia no enfrentamento de emergências de saúde pública e ampliar o acesso universal ao SUS.