O presidente Lula apresentou uma série de medidas para recuperar sua popularidade, despertando preocupações no mercado financeiro devido ao elevado risco fiscal. Entre as principais ações anunciadas estão o pagamento de R$ 1 mil a jovens inscritos no programa Pé-de-Meia e a gratuidade para todos os medicamentos da Farmácia Popular.
Essas medidas geraram impactos imediatos, como alta no dólar e nos juros futuros, demonstrando a apreensão dos mercados sobre a sustentabilidade fiscal das propostas. Além disso, o governo planeja alterações no saque-aniversário do FGTS, permitindo acesso ao fundo para trabalhadores demitidos, e prevê a ampliação do auxílio gás gratuito para até 22 milhões de famílias ao longo do ano, o que implicará um custo de R$ 13,6 bilhões, ainda sem previsão orçamentária.
Outra iniciativa em destaque é a criação de um crédito extraordinário de R$ 4 bilhões para o financiamento do Plano Safra. Entretanto, enquanto o governo propõe melhorias para aumentar o acesso ao crédito consignado privado, os desdobramentos geram instabilidade nas previsões econômicas. O cenário fica ainda mais crítico com o recente dado da inflação (IPCA-15), que apontou para a maior alta mensal desde 2016, causando novas tensões no mercado.
Essas ações trazem questionamentos sobre a responsabilidade fiscal e o financiamento de programas sociais, especialmente dados os desafios orçamentários enfrentados. Inclusive, o ministro Fernando Haddad tem sido cobrado em eventos do setor financeiro, como o realizado pelo BTG Pactual, onde preocupa analistas quanto à viabilidade das propostas anunciadas.
