O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) anunciou que iniciará uma investigação contra o diretor do Hospital Nossa Senhora das Dores, localizado em Itabira (MG), a 107 km de Belo Horizonte. A decisão surge após denúncias de abuso sexual envolvendo o mastologista Danilo Costa, que atendeu na unidade e é acusado de crimes contra mais de 15 mulheres, incluindo funcionárias e pacientes.
Segundo informações, na segunda-feira (17), a Polícia Civil concluiu um inquérito e indiciou Danilo Costa pelos crimes de estupro, assédio e violência sexual. O caso agora está sob responsabilidades do Ministério Público. Entre as 10 vítimas iniciais, 5 eram funcionárias e 5 eram pacientes. Desde então, ao menos mais cinco denúncias foram registradas contra o médico, totalizando mais de 15 denúncias. Um novo inquérito foi instaurado para apurar os casos adicionais relatados pelas vítimas.
Em nota enviada à imprensa, o Hospital Nossa Senhora das Dores declarou que não foi oficialmente notificado sobre qualquer procedimento investigatório por parte do Ministério Público e reforçou seu compromisso com a transparência e apoio às vítimas. Além disso, o hospital disse que possui um canal interno para denúncias, o qual, até agora, não recebeu qualquer relato envolvendo o médico.
A direção do hospital enfatizou que está à disposição das autoridades e rejeitou qualquer possibilidade de omissão no caso. Em complemento, destacou que ações de assédio ou abuso contrariam os valores centrais da instituição e seus 165 anos de história. De acordo com o hospital, seu canal de denúncias pode ser acessado no site oficial (http://www.hnsd.org.br) e permite que denúncias sejam feitas de forma anônima ou identificada.
Próximos passos da investigação
O delegado responsável pelo caso, João Martins Teixeira, afirmou que todas as denúncias estão sendo investigadas minuciosamente. Enquanto isso, o suspeito Danilo Costa já foi indiciado pela Polícia Civil, e caberá à Justiça decidir sobre as acusações apresentadas. O intuito agora é somar elementos para garantir que todas as vítimas tenham voz e que a Justiça seja feita.