Conflito na República Democrática do Congo:
Mais de 7.000 pessoas, incluindo civis e combatentes, perderam suas vidas desde janeiro em confrontos no leste da República Democrática do Congo (RDC), de acordo com a primeira-ministra Judith Suminwa, em pronunciamento no Conselho de Direitos Humanos da ONU, realizado em Genebra. A situação desencadeada pelo grupo rebelde M23, acusado de ser financiado pelo governo de Ruanda, gerou uma crise humanitária com 450 mil pessoas deslocadas e mais de 90 acampamentos destruídos na região, especialmente em Goma.
Contexto do Conflito
Os combates no leste da RDC fazem parte de uma crise prolongada que remonta à década de 1990, época do genocídio em Ruanda, e envolvem disputas territoriais e pelo controle de recursos minerais. Segundo relatos, os avanços do grupo M23 nas cidades de Goma e Bukavu escalaram o conflito, agravando a instabilidade da área e afetando países vizinhos na região.
Pronunciamento na ONU
Judith Suminwa, em discurso no Conselho, destacou a gravidade da crise, pedindo sanções internacionais contra Ruanda. De acordo com a primeira-ministra, a resposta mundial é crucial para enfrentar os deslocamentos em massa e as perdas humanas: “É impossível descrever os gritos e choros de milhões de vítimas deste conflito”, reiterou ela. António Guterres, secretário-geral da ONU, também alertou que a situação ameaça os direitos humanos na região.
Impacto Regional
Além das mortes, o conflito levou 40 mil pessoas a buscar refúgio nos países vizinhos, como Burundi. A escalada de violência com grupos armados ameaça transbordar fronteiras, aumentando os riscos para outras nações africanas. Os relatos de violações de direitos humanos são alarmantes, ressaltando a urgência de intervenção internacional.
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