O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara mudanças em seus ministérios para atender aos interesses de governabilidade, mas sem alterar significativamente a representatividade feminina. Atualmente, o governo conta com dez ministras mulheres e os possíveis ajustes visam manter esta configuração na Esplanada dos Ministérios.
A primeira troca deve ocorrer no Ministério da Saúde, onde Alexandre Padilha deve substituir Nísia Trindade, que pode retornar à Fiocruz. Para o lugar de Padilha, na Secretaria de Relações Institucionais, são cotados o deputado federal José Guimarães (PT) e Isnaldo Bulhões (MDB). Na Secretaria-Geral, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, deve assumir o posto atualmente conduzido por Márcio Macedo.
Outra mudança considerada envolve o Ministério das Mulheres, onde Luciana Santos, atual ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, é cotada para substituir Cida Gonçalves. O nome da deputada federal Tabata Amaral (PSB) surge como possível sucessora de Santos em Ciência, Tecnologia e Inovação.
Embora tenha havido reduções anteriores na participação feminina com as trocas de ministros do Turismo e do Esporte, o governo mantém uma política de equilíbrio. A configuração atual da Esplanada conta com as seguintes ministras:
- Anielle Franco: Igualdade Racial
- Cida Gonçalves: Mulheres
- Esther Dweck: Gestão e Inovação em Serviços Públicos
- Luciana Santos: Ciência, Tecnologia e Inovação
- Macaé Evaristo: Direitos Humanos
- Marina Silva: Meio Ambiente
- Margareth Menezes: Cultura
- Nísia Trindade: Saúde
- Simone Tebet: Planejamento e Orçamento
- Sônia Guajajara: Povos Originários
Com as reformas, o governo busca manter a representatividade feminina enquanto ajusta seu quadro político para fortalecer sua governabilidade e atender alianças partidárias.