O cantor e ex-vereador Netinho de Paula foi citado em uma denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). De acordo com a investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Netinho mantinha relações financeiras com Ademir Pereira de Andrade, apontado como um operador do Primeiro Comando da Capital (PCC) e conhecido como ‘Banco da Gente’.
Apesar de não ser formalmente investigado, o nome de Netinho aparece em diálogos interceptados entre ele e Ademir. Em mensagens, o cantor menciona pagamentos de empréstimos que somariam valores como R$ 500 mil e R$ 2 milhões. Ele ainda afirmou que os juros seriam quitados gradualmente. Ademir, por sua vez, foi denunciado ao lado de outras 11 pessoas, incluindo oito policiais civis, pelos crimes de lavagem de dinheiro, tráfico, corrupção e associação com a facção criminosa.
Netinho declarou ao portal Leo Dias que conhece Ademir há cerca de oito anos, descrevendo-o como fã e empresário que já contratou shows. Ele afirmou ter sido surpreendido ao saber da ligação de Ademir com uma organização criminosa.
Detalhes da Investigação
A investigação do Gaeco revelou o envolvimento de diversos denunciados em operações de lavagem de dinheiro, tráfico e corrupção. Ademir atuava como operador financeiro dentro do esquema, realizando empréstimos para terceiros. A denúncia ainda cita o caso de Vinícius Gritzbach, um delator da facção que foi executado em 2022.
Posicionamento de Netinho de Paula
O cantor reforçou que sua relação com Ademir era estritamente comercial, tendo participado de eventos e recebido apoio financeiro em alguns momentos. Ele reiterou não ter qualquer envolvimento com atos ilícitos e demonstrou surpresa com as informações apresentadas.
Nota: Trata-se de um caso em andamento, e novas informações podem surgir conforme as investigações avançam.
